STF Participa de Almoço que Discute Emendas do Legislativo.

Encontro entre os Três Poderes levanta questionamentos sobre a independência institucional e o papel do STF em discussões orçamentárias

A imagem viralizou nas redes sociais: os líderes dos Três Poderes reunidos em um almoço no STF para "debater" emendas impositivas. O que os ministros supremos faziam ali? Orçamento não é assunto do Legislativo?

Montesquieu parece nunca ter chegado ao Brasil. A independência entre os Poderes é uma farsa, e a soberba do presidente do STF só escancara a ausência de qualquer noção de República. Por aqui, o público e o privado se confundem sem pudor.

Bolsonaro foi criticado pela mídia por "atritos" com o STF, mas o preço da tal "harmonia" é a morte da independência. O "acordão" entre as cúpulas dos Três Poderes sempre resulta em mais fardo para o trabalhador e em menos liberdade para o cidadão.

O jurista André Marsiglia foi direto ao ponto: "A função mais importante de um Poder é fiscalizar os demais. Em vez de o Legislativo exercer seu papel, harmoniza-se para negociar emendas". E o encontro foi um recado de união no momento em que o Senado deveria estar votando o impeachment de Alexandre de Moraes.

Enquanto isso, o STF recebe influenciadores como Felipe Neto e Átila Iamarino em um projeto para "aproximar a corte da sociedade". Marsiglia rebate: "O STF não tem que se aproximar da sociedade, tem que se aproximar da Constituição". Mas, com essa turma, a corte se afastará ainda mais do povo. Quem precisa do povo quando se tem a mídia e o poder?

O STF virou uma corte política, um puxadinho tucanopetista que persegue ilegalmente seus críticos. Isso é Brasil, o país da promiscuidade "democrática". O Brasil voltou e a democracia foi salva!