Governo Lula recicla fracasso do SUS com nova maquiagem e promessa bilionária

Em mais uma manobra de marketing disfarçada de política pública, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve relançar nesta sexta-feira (30) o programa “Mais Especialistas” — uma iniciativa que já havia fracassado na prática, mas que agora volta com nova roupagem, novo nome e a velha promessa de sempre: resolver os crônicos problemas do SUS com mais gastos e mais intervenção estatal.

A reformulação do programa está sendo liderada por Alexandre Padilha, ex-Ministro da Saúde de Dilma Rousseff, que voltou ao cargo em março com a missão de dar um "novo rumo" à medida após a saída de Nísia Trindade. A avaliação interna do Planalto é clara: o programa original não funcionou e não chegou à população como prometido. Ainda assim, o governo insiste em reciclá-lo com apelos populistas e cifras bilionárias.

Na nova versão, o governo petista pretende usar dívidas de empresas privadas com a Receita Federal como moeda de troca, permitindo que hospitais e clínicas quitem seus débitos prestando atendimentos via SUS. A proposta — apresentada como “inovadora” — na prática abre espaço para renúncia fiscal e mais um buraco no orçamento: a estimativa é que a medida libere mais de R$ 2,7 bilhões por ano, sem clareza sobre resultados concretos.

Críticos apontam que, longe de representar uma solução estruturada, a proposta apenas transfere responsabilidades da gestão pública para o setor privado, com alto custo para o contribuinte e baixa eficiência garantida. A experiência histórica do PT com programas na área de saúde — como o antigo “Mais Médicos”, marcado por improvisos e acordos com ditaduras como Cuba — deixa pouca margem para otimismo.

O relançamento ocorre no Palácio do Planalto, em Brasília, cercado por ministros, aliados e discursos ideológicos. A expectativa do governo é transformar o evento em vitrine política, apesar do aumento da rejeição popular e da pressão por resultados reais — não slogans