Haddad diz que aumento de impostos ‘não machuca ninguém’ e mira agronegócio e construção civil para sustentar gastos do governo
- Redação
- 14 de ago.
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Em mais uma demonstração de que o governo Lula aposta no bolso do contribuinte para bancar seus gastos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu o aumento de impostos previsto na Medida Provisória 1303. Durante audiência na Comissão Mista do Senado, o petista afirmou que as medidas “não machucam ninguém” e que o objetivo é garantir “sustentabilidade fiscal com justiça tributária” — discurso que, na prática, significa mais arrecadação para sustentar a máquina pública.
Haddad afirmou que não basta “limitar a despesa primária” e defendeu rever desonerações, na contramão de quem defende cortar privilégios e desperdícios antes de aumentar tributos.
MP 1303: ataque a setores produtivos
A proposta eleva a tributação sobre aplicações financeiras para compensar a revogação do aumento do IOF, e põe fim à isenção para fundos de investimento que movimentam setores estratégicos da economia, como os FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário) e os Fiagros (Fundos das Cadeias Agroindustriais), agora com alíquota de 5% de Imposto de Renda.
O agronegócio e a construção civil — motores da geração de emprego e renda no país — serão diretamente afetados. Mesmo assim, Haddad tenta convencer empresários de que o pacote “vai promover mais desenvolvimento e não menos”.
Narrativa de “justiça tributária”
No discurso típico da esquerda, o ministro atacou o que chama de desigualdade na carga tributária, usando exemplo polêmico: “No Brasil, o dono da cobertura não paga condomínio. E o zelador é descontado no imposto de renda”. A frase ignora a pesada carga tributária que já recai sobre a classe média e sobre quem investe e empreende.
Pescadores e Seguro-Defeso
A MP também mexe nas regras do Seguro-Defeso, transferindo a homologação do Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP) para autoridades locais. A mudança preocupa pescadores e entidades, que temem burocracia e perda de direitos. Haddad admitiu que o texto pode ser revisto, mas não garantiu alterações concretas.
Ao insistir em mais impostos e menos corte de gastos, o governo Lula segue na contramão de políticas liberais que buscam reduzir o peso do Estado e fomentar o crescimento por meio da liberdade econômica, e não da expansão da arrecadação.
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