Delegado que investigou a facada contra Bolsonaro assume investigações de explosões próximas ao STF
- Editor
- 18 de nov. de 2024
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Rodrigo Morais Assume Nova Investigação de Alta Complexidade

O delegado Rodrigo Morais, reconhecido por ter investigado o atentado a faca contra Jair Bolsonaro em 2018, é agora o responsável pela investigação das explosões em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), ocorridas na quarta-feira (13/11). Atualmente, Morais comanda a Diretoria de Inteligência Policial (DIP) da Polícia Federal, uma divisão especializada em investigar crimes que ameaçam a segurança institucional e envolvem potenciais atos de terrorismo.
Detalhes do Ataque e Identidade do Suspeito
O autor do ataque, Francisco Wanderley Luiz, conhecido online como “Tiu França”, detonou explosivos na Praça dos Três Poderes e nas proximidades do STF. Em um gesto final, Luiz se deitou e ativou um artefato que o matou de imediato. O boletim de ocorrência classificou o caso como “auto lesão fatal”.
A investigação sob a liderança de Morais busca esclarecer as motivações por trás do ataque e examinar as possíveis conexões de Luiz com figuras da direita e movimentos extremistas. Com presença ativa nas redes sociais, ele tinha ligações com personalidades como Jair Bolsonaro e o escritor Olavo de Carvalho. A Polícia Federal está avaliando se o incidente faz parte de uma ameaça mais abrangente à segurança pública.
Implicações Políticas e Discussão sobre Anistia
O episódio intensificou as discussões em torno do Projeto de Lei da Anistia, que busca perdoar os envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Assessores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva argumentam que as explosões minaram ainda mais a viabilidade do projeto no Congresso, reforçando as preocupações sobre a impunidade em casos de ataques às instituições.
O ex-presidente Bolsonaro, que já havia mostrado ceticismo em relação ao avanço do projeto, afirmou que não espera uma votação favorável à anistia ainda este ano e que o tema deverá voltar à pauta em 2025.
Investigação em Colaboração
Além da PF, a Polícia Civil do Distrito Federal está conduzindo um inquérito paralelo, concentrando-se na origem dos explosivos e nos movimentos de Francisco Luiz antes do atentado. Essa colaboração entre diferentes órgãos visa mapear completamente os detalhes do caso e verificar a existência de uma rede de apoio por trás das ações do suspeito.
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