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Censura e perseguição: ex-chefe de assessoria do TSE revela pressão de aliados de Moraes e teme ser silenciado

  • Redação
  • 2 de set.
  • 2 min de leitura
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O ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eduardo Tagliaferro, revelou nesta terça-feira (2), em depoimento à Comissão de Segurança Pública do Senado, detalhes sobre a atuação política e ideológica nos bastidores da Justiça Eleitoral durante a gestão de Alexandre de Moraes, então presidente da Corte.


Segundo Tagliaferro, universidades públicas como UFRJ, UFMG e até a Agência Lupa, conhecida pelo viés progressista, encaminhavam pedidos de relatórios para monitorar críticas dirigidas a ministros do STF, às urnas eletrônicas, ao processo eleitoral e até mesmo ao ex-presidente Lula.“Uma simples crítica a instituições brasileiras já era motivo para vigilância e dossiês. O cidadão que ousasse questionar qualquer coisa era tratado como inimigo da democracia”, afirmou.


O ex-servidor explicou que muitas dessas demandas chegavam por fora do rito oficial, em conversas paralelas e até por grupos de WhatsApp, com a justificativa de que o caminho legal demoraria e que a “democracia” precisava de rapidez.


“Nós devolvíamos formalmente ao gabinete de Moraes, mas sempre havia a cobrança de que o processo normal era lento demais”, disse.


Medo de perseguição

Hoje vivendo na Itália, Tagliaferro é alvo de pedido de extradição feito por Moraes ao Ministério da Justiça e responde a uma denúncia da PGR por suposto vazamento de conversas internas de servidores do STF e TSE. Para ele, trata-se de mais uma tentativa de calar vozes dissidentes.

“Eu sei quem é Moraes. Sei que, se eu voltar ao Brasil, não será para falar, mas para ser silenciado. Podem até simular algo para me tirar a vida”, declarou em entrevista.


No Senado, ele reforçou seu receio: “Estou disposto a contribuir com a verdade, para que o Brasil e o mundo saibam — desde que eu esteja vivo para isso.”

O depoimento expõe, mais uma vez, os riscos que pairam sobre a liberdade de expressão e a transparência no Judiciário brasileiro.

O que deveria ser a garantia da democracia parece ter se transformado em uma ferramenta de censura e perseguição contra quem ousa discordar do establishment.

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