Bolívia rejeita 20 anos de esquerda e abre espaço para transformação conservadora
- Redação
- 19 de ago.
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A Bolívia viveu um resultado histórico nas eleições presidenciais deste domingo (17). O partido de esquerda governista, Movimento para o Socialismo (MAS), sofreu uma derrota acachapante, ficando fora do segundo turno. Quem lidera a disputa agora são os candidatos de direita Rodrigo Paz, do Partido Democrata Cristão, e o ex-presidente conservador Jorge “Tuto” Quiroga, da coalizão Alianza.
Rodrigo Paz registrou 32,18% dos votos, enquanto Eduardo del Castillo, do MAS, teve apenas 3,16%, consolidando a pior performance do partido em quase duas décadas. Quiroga ficou em segundo lugar com 26,94%. O resultado reflete o desgaste da esquerda, marcada por políticas econômicas fracassadas, inflação elevada e escassez de produtos essenciais.
“Este é o início de uma grande transformação para a Bolívia”, afirmou Paz, destacando a necessidade de mudança de rumo e reformas que priorizem estabilidade econômica e liberdade individual.
O desempenho da direita surpreendeu analistas, já que pesquisas indicavam apoio maior para outros candidatos. A população boliviana demonstrou rejeição clara à gestão esquerdista, cansada de anos de má administração e vínculos estreitos com regimes como Venezuela, Cuba e Nicarágua.
A economia boliviana enfrenta inflação anual de 23%, escassez de combustível e dólares, e dificuldades para trabalhadores da economia informal. Eleitores buscam agora políticas de responsabilidade fiscal, descentralização do poder e incentivo ao crescimento econômico, rompendo com ideologias que, segundo críticos, empobreceram o país.
Paz planeja implementar um modelo econômico “50–50”, no qual metade dos recursos públicos será administrada pelo governo central e a outra metade pelos governos regionais, reforçando a descentralização e a eficiência na gestão. Quiroga, por sua vez, defende cortes de gastos e afastamento das alianças com governos de esquerda da região.
O resultado consolida a direita como alternativa viável na Bolívia e mostra a rejeição popular a décadas de políticas esquerdistas, abrindo caminho para uma mudança de direção no país.
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