Vereador que invadiu igreja é cassado pela segunda vez em Curitiba
- jornaldadireitaofi
- 11 de ago. de 2022
- 2 min de leitura
A maioria absoluta dos vereadores decidiu pela perda do mandato de Renato Freitas

A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) cassou no último dia 5 de agosto o mandato do vereador Renato Freitas (PT) que invadiu uma igreja católica.
Um projeto de resolução elaborado pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar (CEDP) da Câmara, com entendimento de que o ex-parlamentar “perturbou o culto religioso e realizou ato político dentro da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos''., foi aprovado durante a sessão.
A cassação foi aprovada por 23 votos a 7 e uma abstenção.
Ao fazer uma declaração durante o julgamento, Renato Freitas classificou o processo como “espetáculo persecutório''.
“[Um processo] que não se fundamenta na legalidade e no interesse público, que encontra razões tão somente no preconceito, de origem social, por sermos pobres e representantes das ruazinhas de terra e das donas Marias, desesperadas e desempregadas, dos filhos sem pai, das comunidades sem esperança à mercê da violência. Seja por representarmos a população negra, que só entra nos espaços de poder pelas portas de serviço, para serem vistos como bode expiatório dos problemas do país”, disse o militante petista.
Renato Freitas ainda argumentou que só invadiu a igreja porque é “cristão”.
“Ali é também minha casa, por isso me senti à vontade e acolhido. Nós, o povo, temos o dever ético de retirar o chicote da mão do inimigo, pois quem chicoteia a vida do próximo, embora não perceba, está desvalorizando a própria vida. A luta pacífica pela vida não pode ser considerada um crime, mas deveria ser um compromisso de todos nós”, declarou.
O ex-vereador foi criticado por milhares de cristãos depois de invadir uma igreja católica durante a realização de uma missa. Para os cristãos, o político feriu a fé cristã ao violar a liberdade de culto e tentar fazer da igreja um palco político.
De acordo com informações divulgadas pela Câmara, nos últimos 75 anos não houve casos de cassação de parlamentares na Casa.
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