Importadores americanos cancelaram contratos em massa, deixando 58 contêineres de pescado sem destino.
- Redação
- há 6 dias
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Enquanto o governo Lula finge normalidade, mil toneladas de pescado brasileiro estão paradas em contêineres nos portos de Salvador, Pecém e Suape — sem destino, sem comprador e sem solução. A crise foi detonada com a imposição de uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras de pescado aos EUA, medida anunciada por Donald Trump e já em vigor desde 1º de agosto. O resultado: importadores americanos cancelaram contratos em massa, deixando 58 contêineres de produto perecível abandonados nos terminais.
E o que fez o governo brasileiro? Nada. Silêncio. Omissão total.
A exportação de pescado ao mercado norte-americano representa 80% da receita do setor, com impacto direto sobre milhares de trabalhadores, desde pescadores artesanais a frigoríficos industriais. Só a exportação de tilápia movimenta US$ 6 milhões por mês. Com os contratos cancelados, esse valor virou prejuízo imediato. A produção de lagosta, voltada quase 100% à exportação, simplesmente parou.
Sem uma resposta diplomática eficiente do Itamaraty, os Estados Unidos aplicaram a medida unilateralmente, pegando o setor produtivo de surpresa e deixando a conta para o Brasil pagar. Enquanto isso, o governo Lula está mais preocupado em se justificar politicamente nas redes sociais do que em defender os interesses comerciais do país.
A Associação Brasileira das Indústrias de Pescado (Abipesca) já alertou que, se nada for feito, o efeito será devastador: fechamento de empresas, demissões em massa e colapso logístico com perda total de toneladas de alimentos perecíveis.
Os frigoríficos não conseguem escoar a produção. Os portos não têm previsão de liberação. E os Estados Unidos, principal mercado, já deixaram claro: não vão recuar.
A alternativa seria reabrir o mercado europeu, fechado desde 2017, mas o governo brasileiro segue lento, sem iniciativa e sem liderança para negociar.
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