Após imprensa acusar Michelle injustamente de roubo, Lula retira moedas para reforçar "caixa do governo"
- Editor
- 20 de dez. de 2024
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Enquanto Lula cata moedinhas para o Tesouro, Michelle Bolsonaro fez questão de doar os valores arrecadados para a caridade ao deixar o Alvorada apesar de ter sido acusada de roubo por parte da imprensa

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou uma medida inusitada e que gerou ampla repercussão: recolher as moedas jogadas por visitantes nos espelhos d’água das residências oficiais da Presidência da República e destiná-las ao Tesouro Nacional. A decisão, publicada nesta quinta-feira (19 de dezembro de 2024) no Diário Oficial da União por meio da portaria 167, virou alvo de críticas e chacotas nas redes sociais e entre parlamentares da oposição.
A portaria determina que a coleta das moedas seja feita a cada seis meses, sob a responsabilidade do gestor de manutenção dos espelhos d’água. O dinheiro arrecadado deve ser convertido para reais quando possível, enquanto moedas fora de circulação ou com valor histórico serão enviadas ao Museu de Valores do Banco Central. Tudo isso para, em seguida, reforçar os cofres públicos do governo federal.
Os valores deverão ser encaminhados ao Tesouro Nacional no prazo de até 60 dias após a coleta, e a Casa Civil prometeu divulgar as informações no site oficial e no portal de dados abertos. Apesar do discurso de transparência, o movimento foi interpretado como mais um sinal do desespero do governo petista diante da incapacidade de equilibrar as contas públicas, sem recorrer a medidas simbólicas e polêmicas.
“Contando moedinhas”: oposição não perdoa governo Lula
Parlamentares da oposição ironizaram a iniciativa. O senador Rogério Marinho (PL-RN) comentou nas redes sociais: “Coisa tá tão feia para o governo que agora até as moedinhas viraram estratégia de arrecadação”. A deputada Carla Zambelli (PL-SP) classificou a medida como o reflexo da incompetência do governo petista: “As contas do DESgoverno Lula estão tão ruins, mas tão ruins, por conta de sua própria irresponsabilidade bancando privilégios, que agora vão até catar moedinhas nos espelhos d’água”.
O senador Jorge Seif Júnior (PL-SC) também ironizou a decisão em tom ácido: “Até os desejos lançados nas fontes do Planalto e Alvorada estão sendo capturados pelo governo petista. Será que bateu o desespero nesses tempos de ajuste fiscal, para chegar ao ponto de contar moedas?”.
A polêmica medida ainda trouxe comparações com a postura adotada pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Em dezembro de 2022, quando ela e o então presidente Jair Bolsonaro deixaram o Palácio da Alvorada, Michelle fez questão de direcionar as moedas do espelho d’água para uma causa beneficente.
Segundo Michelle, antes da mudança, solicitou que os valores fossem recolhidos e doados à Vila do Pequenino Jesus, uma instituição que cuida de mais de 80 pessoas com necessidades especiais. A ação resultou na doação de R$ 2.213,55 à entidade, comprovada por um cheque enviado em nome do Palácio da Alvorada. Em publicação nas redes sociais na época, ela declarou: “Foi meu desejo que as moedas fossem destinadas a quem realmente precisa. É triste ver que, agora, o governo prefere recolhê-las para o caixa da União”.
A atitude da ex-primeira-dama contrasta com a do governo Lula, reforçando o argumento de muitos críticos de que o atual governo prefere reforçar o Tesouro com gestos simbólicos ao invés de priorizar ações de impacto direto na vida dos brasileiros.
A decisão de recolher moedas reflete o caos administrativo de um governo que, ao invés de promover cortes nos privilégios, reformar o Estado e combater a corrupção, opta por estratégias que beiram o surreal. A falta de foco em medidas estruturais, como a redução de gastos e estímulos à economia, transforma a gestão petista em alvo constante de questionamentos.
Enquanto o governo Lula tenta reforçar os cofres públicos com ações que mais parecem piada, a realidade do brasileiro segue marcada por desemprego, inflação alta e uma carga tributária sufocante. É impossível não questionar: será que o problema fiscal do Brasil será resolvido com as moedas jogadas no espelho d’água? Ou essa é apenas mais uma demonstração do desespero de um governo sem rumo?
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