Moraes determina censura de Allan dos Santos na plataforma Wix

Com a decisão do ministro, jornalista perde, mais uma vez, meios para trabalhar e sustentar tratamento de saúde de sua filha

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou nas últimas semanas mais uma medida de censura contra o jornalista Allan dos Santos, fazendo com que a plataforma Wix removesse todo conteúdo produzido pelo conservador, sem qualquer aviso prévio.

Com a decisão, o jornalista perde, mais uma vez, meios para trabalhar e sustentar de sua família e do tratamento de saúde de sua filha que sofre há mais de dois anos com sequelas de uma meningite encefalite.

Allan dos Santos mora atualmente nos Estados Unidos, onde vive o exílio após ter se tornado alvo de inquéritos ilegais comandado por Moraes.

Em um vídeo publicado em sua 15ª conta no Instagram, Allan dos Santos comentou sobre o assunto e divulgou uma nova plataforma em que reiniciou seu trabalho.

“O Alexandre de Moraes faz isso com empresas americanas que têm escritórios no Brasil, mentindo, falando para essas empresas que eu seria um perigo para a segurança nacional - porque é isso que ele argumenta - sem apresentar nenhuma tipificação penal”, disse o jornalista exilado.

“Eu conto com o apoio de vocês, eu abri uma conta no Locals do Dave Rubin, um conservador que criou uma plataforma de apoio e financiamento para produtores de conteúdo, pessoas que foram censuradas em redes sociais”, disse Allan dos Santos ao anunciar seu novo meio para continuar trabalhando.

Apesar de ter sido alvo de mais uma das medidas autoritárias do ministro do STF, o jornalista que está longe da família há mais de dois anos, afirmou que apesar do momento doloroso “nós precisamos continuar batalhando.”

“É um momento em que não adianta ficar chorando, não adianta ficar cabisbaixo, não adianta baixar a cabeça. É o momento de erguer a cabeça e continuar lutando bravamente para mudar esse cenário que o Brasil está vivendo hoje. Sobretudo em outubro, pois depende das nossas decisões o futuro do nosso país”, declarou.

Há anos o jornalista vem sendo alvo de ações do ministro do Supremo, por crime de opinão. No ano passado, sua empresa de comunicação, ‘Terça Livre’, foi fechada depois que Alexandre de Moraes determinou sua prisão e o bloqueio de todas as contas.

A empresa contava com mais de 50 funcionários diretos e indiretos, uma sede em Brasília, jornal e revista online, além de um estúdio onde faziam diversos programas.

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