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Ministro admite que caças estão parados por falta de combustível, enquanto Janja viaja de carona em jato da FAB

  • Redação
  • 1 de jul.
  • 2 min de leitura
Caça Gripen da empresa sueca Saab apresentado em evento na cidade Gavião Peixoto, interior de São Paulo - 22/11/2016 (Felipe Cotrim)
Caça Gripen da empresa sueca Saab apresentado em evento na cidade Gavião Peixoto, interior de São Paulo - 22/11/2016 (Felipe Cotrim)

Em meio a uma crise silenciosa nas Forças Armadas, o ministro da Defesa, José Múcio, revelou que a Aeronáutica enfrenta dificuldades até para manter seus caças em operação. A declaração foi dada em entrevista ao portal Metrópoles, logo após vir à tona que a primeira-dama Janja Lula da Silva viajou a São Paulo, para uma consulta médica, a bordo de um jato da Força Aérea Brasileira (FAB) — a mesma aeronave solicitada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que permitiu a "carona" de Janja e do ministro Alexandre de Moraes, do STF.


Segundo Múcio, a situação é crítica: faltam recursos para abastecer aviões militares e manter equipamentos adquiridos com dinheiro público. “Temos caças e aeronaves de combate paradas por falta de combustível e verba para manutenção”, declarou.


A confissão escancara o contraste entre o uso político das estruturas do Estado e o abandono operacional das instituições estratégicas, como as Forças Armadas. Enquanto figuras do alto escalão utilizam aviões oficiais para compromissos pessoais ou deslocamentos não emergenciais, militares convivem com a escassez de insumos básicos para cumprir sua missão constitucional.


O ministro também afirmou que tenta aprovar no Congresso a chamada "PEC da Previsibilidade", que estabeleceria um piso constitucional de 2% do PIB para a Defesa, semelhante ao que já acontece em países da OTAN. A proposta busca garantir estabilidade orçamentária e retomar a dignidade das Forças Armadas, diante de um cenário global cada vez mais instável.


“O Brasil não pode continuar tratando sua Defesa como um tema menor. Precisamos tirar esse debate da esfera política e tratá-lo como política de Estado”, afirmou Múcio, em tom de apelo.


A situação, segundo críticos do governo, revela as prioridades distorcidas da atual gestão: enquanto há dinheiro para viagens da elite política em aviões oficiais, faltam investimentos básicos para garantir a soberania nacional.


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