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Chile rejeita pela segunda vez proposta de nova Constituição e presidente desiste de tentativa.

  • Eduarda Bueno
  • 18 de dez. de 2023
  • 1 min de leitura

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No último domingo, 17, os chilenos rejeitaram pela segunda vez a proposta de substituir a Constituição do país por uma versão reformulada. Com mais de 90% das urnas apuradas, 56% da população votou contra a mudança, enquanto 44% manifestaram apoio à proposta.


Esta não é a primeira vez que os chilenos se manifestam contra uma nova Constituição. Em setembro de 2022, uma proposta gestada pela esquerda foi rejeitada por 63% dos votantes, evidenciando a divisão dentro da sociedade chilena.


A ideia de uma nova Constituição surgiu em 2019 como uma tentativa de acalmar os protestos que paralisaram o país. Embora não tenha sido uma demanda clara da população, os políticos abraçaram a ideia, resultando na formação de uma comissão de especialistas para redigir a versão constitucional rejeitada recentemente.


O texto rechaçado destacava elementos como paridade de gênero e extensas proteções ambientais contra as mudanças climáticas, o que muitos consideraram radical demais. Um dos artigos mais controversos mencionava que a "lei protege a vida do nascituro", levantando preocupações sobre a possível ilegalização total do aborto no país.


Apesar do fracasso, o presidente Gabriel Boric anunciou que não buscará uma terceira reformulação constitucional. No entanto, ele deixou em aberto a possibilidade de emendar o texto atual para incluir sugestões populares, como a expansão dos direitos reprodutivos e ambientais.


A Constituição chilena remonta ao governo do general Augusto Pinochet e passou por várias alterações desde a queda do ditador.

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